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Editoras voltam da China com boas perspectivas
, Agência Brasil Que Lê, 28/10/2008

Após duas semanas em viagem comercial à China, a missão organizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), voltou ao Brasil com boas perspectivas de negócios na bagagem. Seis editoras brasileiras – Callis, Unesp, Nobel, Cortez, Yendis e Canção Nova – participaram da missão ao país asiático e tiveram vários encontros com empresários locais, principalmente na Feira Internacional do Livro de Pequim, que este ano aconteceu na cidade de Tianjin, a uma hora da capital. A missão brasileira também passou pelas cidades de Heibei, Xangai e Hangzou, onde participou de reuniões com editoras e distribuidoras. Para Ary Kuflik Benclowicz, da Editora Nobel, sob o ponto de vista editorial, a China oferece muitas oportunidades de negócios, tanto na importação de livros brasileiros quanto na exportação de livros chineses para o Brasil.

“Creio que, em breve, estaremos trocando direitos de publicações em ambas as línguas. O mais difícil e demorado será a tradução e adaptação, além das grandes diferenças culturais”. O diretor comercial da Cortez Editora, Antonio Erivan Gomes, avalia a missão como um importante marco no início dos entendimentos bilaterais entre os mercados editoriais de Brasil e China. “A China oferece muitas oportunidades de negócios na área de direitos autorais, seja na área gráfica ou editorial. Os contatos que realizamos foram muito satisfatórios e estamos analisando algumas propostas em relação a publicações”.

A editora executiva da Callis, Miriam Gabbai, acredita que este primeiro contato foi extremamente válido para conhecer o mercado chinês e fazer uma prospecção do que realmente pode interessar aos editores chineses e brasileiros. “Os negócios, obviamente, vão acontecendo aos poucos, com o tempo. Em novembro, devemos receber uma missão de empresários aqui no Brasil, dando continuidade aos contatos feitos na China”, conta Miriam.

O editor executivo da Editora Unesp, Jezio Gutierre, também está confiante em relação aos negócios com editores chineses. Ele acredita que as negociações iniciadas em Pequim devem se fortalecer com a Feira do Livro de Frankfurt, que aconteceu em meados de outubro. “A receptividade foi muito positiva. O mercado chinês é bastante amplo, com possibilidades de negócios para diferentes segmentos, desde literatura até livros técnicos, passando pela área de artes, infantis e acadêmicos”.

Instituto Confúcio - Outra ação importante da missão à China foi o encontro com representantes do Instituto Confúcio, órgão oficial para o ensino de mandarim no Brasil, que será inaugurado nas instalações na Unesp. Para isso, Jezio Gutierre agendou visitas com o Ministério da Educação da China, Embaixada Brasileira e Universidade de Hubei. A abertura do Instituto Confúcio, primeira unidade na América do Sul, representa, segundo ele, muito mais do que um espaço para intercâmbio cultural ou realização de cursos de línguas. “É também um canal de divulgação das obras brasileiras na China e, no sentido contrário, da produção editorial chinesa no Brasil”, afirma ele. Para o acervo do Instituto Confúcio, o governo chinês deve enviar, inicialmente, entre 3 mil a 4 mil títulos e outros mil títulos por ano.
[28/10/2008 01:00:00]
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