Editoras brasileiras fecham negócios
, Redação, 17/10/2008

Na Feira do Livro de Frankfurt, que teve início nesta quarta-feira, dia 15, a qualidade do conteúdo editorial nacional e da produção gráfica é um dos trunfos das editoras brasileiras. Esse diferencial já pôde ser sentido nas primeiras reuniões com editores e empresários estrangeiros. No estande do Brasil, organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), em parceria com a Apex-Brasil e com outros órgãos do setor, várias editoras já venderam direitos autorais das obras de seu catálogo, caso da Melhoramentos, Pallas e Loyola. O diretor geral da Melhoramentos, Breno Lerner, confirmou que esteve com representantes da editora russa AABBYY para negociar a venda dos direitos autorais do Dicionário Michaellis. De acordo com Lerner, duas empresas espanholas estão ‘disputando a tapas’ os direitos de alguns títulos. Ele também confirmou a venda para uma empresa do Japão da licença do livro Flicts, de Ziraldo. A obra também despertou o interesse dos chineses, que levaram no pacote O Menino Maluquinho, também de Ziraldo, e o clássico romance infanto-juvenil Meu pé da Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos.

O diretor e editor da Loyola, Danilo Mandon, já participou de outras edições da Feira de Frankfurt, mas expondo em um estande isolado. A partir de 2005, a empresa começou a avaliar a possibilidade da participação conjunta no estande do Brasil organizado pela CBL. “Essa mudança histórica foi muito importante para nós, porque podemos desfrutar das facilidades e dos serviços oferecidos no estande. O serviço de mensagens é um bom exemplo. Agora, temos certeza de que todos os contatos comerciais chegam até a editora, mesmo quando não estamos no estande. Isso é muito bom”, afirma o diretor da Loyola.

O CEO da TecMed Holding Fernando Baracchini, diz que a empresa está abrindo boas frentes de negócios para daqui a algumas semanas. “Quando o cenário macroeconômico estiver um pouco mais definido, vamos efetivar as negociações”. O empresário considera que a participação do Brasil tem melhorado a cada ano. O presidente da União Brasileira de Escritores (UBE), Levi Bucalem Ferrari, concorda. “A organização da CBL, aliada a presença dos parceiros, apoiadores e expositores, apresenta o Brasil de forma agradável. Não devemos nada a nenhum país do mundo”, ressalta Ferrari. Mariana Warth, da editora Pallas, também elogiou a estrutura montada em Frankfurt e tem aproveitado o espaço para fazer bons negócios. “Os serviços oferecidos são muito úteis, o que facilita o trabalho. Vendi os direitos do livro O menino Nito – Então, homem chora ou não? para a editora Baía Ediciones, da Galícia, Espanha”, comemora Mariana.
[17/10/2008 00:00:00]